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Radiofrequência para Tumores Renais maiores (classificação T1b) – Segurança e Eficácia

O Dr. Demian Jungklaus Travesso, radiologista intervencionista é o autor principal do artigo “T1b Renal Masses Radiofrequency Ablation: Feasibility, Safety, and Efficacy in Midterm Follow-Up”, publicado no International Journal of Urology (2025). O trabalho é pioneiro ao avaliar a radiofrequência percutânea (RFA) como alternativa minimamente invasiva no tratamento de tumores renais T1b (4,0–7,0 cm), em pacientes inoperáveis por idade avançada, comorbidades ou contra-indicações cirúrgicas.


Resumo do estudo:

Foram analisados 40 pacientes, com média de idade de 75,8 anos, portadores de massas renais suspeitas de carcinoma de células renais (RCC) e submetidos à RFA entre 2017 e 2023. O procedimento foi realizado com técnicas de proteção térmica (hidrodissecção e pieloperfusão retrógrada) em casos selecionados.


Resultados principais:

  • Complicações imediatas em apenas 15% dos casos, sendo majoritariamente autolimitadas. Duas complicações (pneumotórax) necessitaram de drenagem pleural.
  • Sem piora significativa da função renal após o procedimento (p=0,281).
  • Taxa de resposta completa inicial de 73,6%, com 65% dos pacientes sem recorrência tumoral no acompanhamento médio de 23 meses.
  • Sucesso terapêutico global de 70,6%, considerando até duas sessões de ablação.
  • Seis pacientes com recorrência foram tratados com nova ablação e permaneceram livres de doença.
  • Nenhuma variável clínica ou escore R.E.N.A.L. se correlacionou com maior risco de recorrência.

Esse é o maior estudo brasileiro já publicado sobre RFA em tumores T1b e reforça que, apesar da recorrência ser mais frequente do que em tumores menores ou em cirurgia, a radiofrequência representa uma alternativa real e segura para pacientes sem outras opções terapêuticas também em lesões maiores. Além da opção de re-tratamento com ablação, em casos de recidiva local ou lesão residual.

Além da acessibilidade e menor custo em relação a outras técnicas como crioablação, a radiofrequência se destaca como ferramenta importante no arsenal da radiologia intervencionista para o tratamento de tumores renais, especialmente em países em desenvolvimento.

O trabalho do Dr. Travesso e equipe contribui de forma significativa para a consolidação da radiologia intervencionista como especialidade terapêutica de vanguarda no cuidado oncológico renal.

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