Ablação de Metástases Hepáticas Colorretais: Uma Nova Opção no SUS e na ANS

A ablação de metástases hepáticas colorretais está prestes a se tornar uma opção terapêutica mais acessível no Brasil, com sua inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS) e no rol de procedimentos obrigatórios da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Essa medida promete ampliar o acesso a tratamentos modernos para pacientes com câncer colorretal. A técnica utiliza energia para destruir tumores de forma minimamente invasiva, sendo uma alternativa eficaz que melhora o prognóstico e reduz o tempo de recuperação dos pacientes.

Reconhecimento da Eficácia da Ablação Percutânea

A ablação percutânea é amplamente reconhecida por sua eficácia no controle tumoral e, em muitos casos, permite que os pacientes evitem procedimentos mais invasivos, como a hepatectomia. Em junho de 2024, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) recomendou a adoção dessa intervenção com base em evidências que comprovam sua capacidade de melhorar a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes com metástases hepáticas. Essa recomendação foi fundamentada por uma série de estudos clínicos e pela eficiência de custos do procedimento quando comparado a alternativas cirúrgicas tradicionais.

Implementação no SUS: Uma Nova Era para a Oncologia

Com a decisão, o SUS pretende iniciar a oferta desse tratamento até setembro de 2024, ampliando significativamente as opções terapêuticas disponíveis em oncologia. Essa iniciativa também atende à necessidade de avanços no tratamento de cânceres com alta incidência e mortalidade, como o colorretal, cujas metástases hepáticas impactam significativamente os desfechos clínicos.

Inclusão no Rol da ANS: Benefícios para Pacientes de Planos de Saúde

A ablação hepática já está incluída no Rol da ANS para o tratamento de alguns tipos de tumores hepáticos primários (aqueles que se originam no próprio órgão). Com a nova atualização, a cobertura será ampliada para incluir também o tratamento de metástases hepáticas colorretais, proporcionando maior acesso ao procedimento.

Vale ressaltar que, de acordo com a legislação vigente, todo tratamento incorporado pelo SUS passa a ser, obrigatoriamente, incorporado na saúde suplementar. Isso garante que beneficiários de planos de saúde também possam acessar essa tecnologia moderna sem custos adicionais.

Os estudos da Conitec incluíram uma análise de impacto econômico e clínico, mostrando que a ablação percutânea não apenas aprimora o tratamento oncológico, mas também pode reduzir custos relacionados a internações prolongadas e complicações pós-operatórias. Dessa forma, a incorporação pode diminuir o custo total do tratamento, beneficiando tanto os sistemas de saúde quanto os usuários dos planos de saúde.

Compromisso com a Inovação e a Melhoria nos Cuidados Oncológicos

A incorporação dessa tecnologia no SUS e nos planos de saúde suplementar destaca o compromisso do sistema de saúde público e privado com a inovação e a melhoria dos cuidados oncológicos. Os pacientes passam a ter mais acesso a tratamentos de alta tecnologia, que oferecem esperança de maior sobrevida e menos sofrimento durante o processo terapêutico.

Participação da Sobrice nas Incorporações de Novas Tecnologias em Saúde no Brasil

O Diretor de Defesa Profissional da Sobrice, cargo da Diretoria Executiva, é responsável, entre outras funções, por interagir com entidades governamentais para promover a inserção de novas tecnologias intervencionistas tanto no sistema público quanto no sistema suplementar de saúde. Isso permite que os especialistas possam oferecer as melhores práticas aos pacientes com adequada remuneração e de forma universal. Desde 2021, o cargo é ocupado pelo Dr. Luiz Sérgio Grillo Junior, que exerce suas funções com excelência. Sua atuação tem gerado avanços significativos para a especialidade e para os pacientes, além da expansão da cobertura da ablação hepática.