Reparação endovascular da aorta torácica (TEVAR)

O QUE É A REPARAÇÃO ENDOVASCULAR DA AORTA TORÁCICA (TEVAR)?

aorta é o maior vaso em seu corpo e transporta o sangue do coração para o resto de seus órgãos. Um aneurisma torácico ocorre se a parede da aorta torácica enfraquece (parte da aorta que fica no interior do tórax) e desenvolve uma protuberância, ou seja, o sangue flui para a área enfraquecida.
O procedimento TEVAR consiste na colocação de uma endoprótese (uma malha metálica tubular recoberta por um tecido impermeável) na área com o aneurisma, de modo que o sangue possa fluir no interior da endoprótese, fazendo com que o fluxo de sangue não passe mais na parte dilatada do vaso. A endoprótese é inserida por meio de uma artéria na virilha do paciente, usando raios-X para orientar o posicionamento.

POR QUE FAZER ISSO?

Se você tem um aneurisma, deve ser monitorado pelo seu médico. É recomendável que você passe por tratamento para o aneurisma se ele tem um diâmetro maior do que 5,5 cm ou se expandiu mais de 0,5 mm dentro de um período de seis meses, para evitar que o aneurisma se rompa, causando a morte. Caso o aneurisma esteja causando sintomas como pressão arterial elevada, dor e sangramento anormal, também é recomendado tratamento.
Se o aneurisma torácico foi causado por trauma, como após um acidente, o tratamento endovascular é uma maneira de cobrir rapidamente a área lesada, controlando sangramento e evitando a morte.
Embora os tratamentos cirúrgicos para aneurismas da aorta torácica estejam disponíveis, a cirurgia tem um risco significativamente maior de complicações graves e morte.

COMO FUNCIONA O ANEURISMA TORÁCICO?

Geralmente, o paciente recebe uma anestesia epidural e um anestésico local para o procedimento, embora, em alguns casos, o paciente possa receber uma anestesia geral.
O intervencionista irá fazer um pequeno corte na parte superior de cada perna, de modo que seja possível inserir um tubo curto (conhecido como uma bainha), que permite que os vasos na sua virilha sejam acessados de forma segura. Utilizando fluoroscopia para orientação, o radiologista intervencionista inserirá fios-guias e cateteres (tubos flexíveis finos). Um meio de contraste vai ser injetado na área a ser tratada, de modo que a localização exata do aneurisma possa ser vista sob imaginologia. O radiologista intervencionista, então, usará o fio-guia para mover a endoprótese até o aneurisma.
Quando a endoprótese é implantada na localização correta, ela vai se expandir e vedar o aneurisma, restabelecendo o fluxo normal do sangue no interior da endoprótese.
Após o procedimento, seus sinais vitais serão monitorados e você vai ficar no hospital por 2-3 dias, podendo apresentar hematomas e dor, que são tratados com analgésicos convencionais. Você deverá ser avaliado regularmente pelo radiologista intervencionista usando tomografia computadorizada, para garantir que está em boas condições e para evitar problemas a longo prazo.

QUAIS SÃO OS RISCOS?

A taxa de sucesso da implantação de endoprótese recobrindo o aneurisma é de 98-99%. Há taxas mais baixas de dor e complicações graves, quando comparada com a cirurgia aberta. As principais limitações do tratamento endovascular são que a endoprótese pode migrar para outra área do corpo e o sangue pode voltar a encher o aneurisma novamente. Isso significa que você deverá ter um acompanhamento regular, de modo que se houver problemas decorrentes do tratamento, eles possam ser resolvidos o mais rapidamente possível.
As complicações menores incluem o risco de hematomas e infecção. Existem algumas complicações graves associadas ao processo, incluindo morte, acidente vascular cerebral, morte do tecido, perda do membro e danos aos rins. A taxa de complicações graves está estimada em menos de 15%, e o risco de morte durante o procedimento é menor do que 1,5% – cerca de três vezes menor do que o risco de morrer durante a cirurgia aberta (aproximadamente 4,5%). Há também a possibilidade de dissecar a aorta torácica durante o procedimento e, em casos raros, a medula espinhal pode ser lesionada, causando paralisia, por obstrução da artéria que nutre a medula. Alguns pacientes podem apresentar reações adversas ao contraste utilizado para o procedimento, o que também pode afetar os rins.

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